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  • Shereen Lehman

Fraturas associadas ao aumento do risco de morte por até 10 anos


(Reuters Health) - O aumento do risco de morte após adultos mais velhos quebrarem um osso é real, duradouro e não se limita a fraturas de quadril, dizem os pesquisadores.

Estudos anteriores estabeleceram um alto risco de morte após idosos quebrarem o quadril ou vértebra, e isso é pelo menos em parte, impulsionado pelo risco a curto prazo de desenvolver pneumonia ou outras complicações enquanto imobilizados durante a recuperação.

Mas uma grande nova análise da mortalidade entre pessoas com 50 anos ou mais na Dinamarca encontrou um aumento no risco de mortalidade de até 25% com outros tipos de fraturas também. Mesmo nas fraturas de quadril, o aumento no risco de morte permanece ligeiramente elevado por pelo menos 10 anos, relata a equipe do estudo no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, em 19 de julho.

"Embora existam muitos estudos observando o que acontece após a fratura de quadril, nunca houve dados suficientes para analisar outros tipos específicos de fraturas para identificar por quanto tempo dura o aumento do risco de morte", disse a autora do estudo, Jacqueline Center, ao Reuters Health em um email.

"Para os idosos que quebram um osso, o risco de morte aumenta - e esse risco pode permanecer alto por anos. Isso é verdade para a maioria dos locais de fratura, incluindo o braço, coluna, costela, pelve e quadril", disse Center, do Instituto Garvan de Pesquisa Médica e da Universidade de New South Wales, em Sydney, Austrália.

Particularmente, o risco de morte é maior no primeiro ano imediatamente após a fratura, ela observou.

"Nós estudamos um notável recurso de saúde - o registro nacional dinamarquês, que monitorou o diagnóstico e o uso de cuidados de saúde de toda a população da Dinamarca ao longo de muitas décadas", disse Center.

O uso de um conjunto de dados tão extenso e robusto permitiu que a equipe do estudo aprendesse sobre locais individuais de fraturas, os riscos que carregam e o tempo que o risco persiste, acrescentou ela.

"Sabíamos antes que as fraturas de quadril levavam a um risco elevado de morte, mas não sabíamos se o mesmo era verdadeiro para ossos quebrados em outros lugares, e não tínhamos uma compreensão clara de quanto tempo o risco aumentado persistia, por qualquer fratura", ela disse.

Usando o registro, os pesquisadores identificaram mais de 21.000 mulheres e cerca de 9.500 homens com 50 anos ou mais que sofreram fraturas ósseas em 2001. A equipe do estudo acompanhou seus destinos por meio de registros médicos nos 10 anos seguintes e os comparou a adultos sem fraturas ósseas.

No geral, 10.668 mulheres e 4.745 homens morreram durante o período de acompanhamento. Após o ajuste para as taxas médias de mortalidade por outras causas entre as pessoas sem fraturas ósseas, os pesquisadores calcularam o risco de aumento de mortalidade ligado à uma fratura.

Durante o ano imediatamente posterior à fratura de quadril, eles descobriram que os homens enfrentaram um risco 33% maior de morte e as mulheres tiveram um risco 20% maior. As fraturas de fêmur ou pélvicas que não envolviam o quadril foram associadas a aumentos de risco de 20% e 25%, respectivamente, enquanto as fraturas vertebrais estavam associadas a um aumento de 10% no risco.

Após fraturas do osso do braço, clavícula ou costela, o risco de morte aumentou 5% a 10% e 3% para uma fratura na parte inferior das pernas.

Com uma fratura na parte superior ou inferior da perna, um risco pequeno, mas estatisticamente significante, permaneceu por 5 anos. E com uma fratura de quadril, o aumento de risco durou 10 anos.

A pesquisa destaca a importante contribuição de uma ampla variedade de fraturas além do quadril para o aumento de mortalidade, disse Center.

"Embora as fraturas de quadril sejam consideradas significativas e reconhecidas como causadoras do aumento de mortalidade, as outras fraturas costumam ser vistas como não muito importantes. Esse estudo destaca a necessidade de intervenção precoce após qualquer fratura de baixo impacto para minimizar a ampla lacuna de tratamento presente internacionalmente ", disse ela.

Center disse que ainda não está claro o que está por trás do aumento do risco de morte e que existem mecanismos que ainda não foram esclarecidos. Em um estudo anterior por exemplo, ela e seus colegas descobriram que a adição de outras condições de saúde, como doenças cardíacas ou diabetes, aumentava ainda mais o risco de morte após um evento de fratura.

"Portanto, pode haver uma interação entre o evento de fratura e outras doenças, mas isso ainda não foi provado. Essa é uma pergunta muito difícil de responder e estamos no processo de tentar entender essa questão", disse Center.

J Clin Endocrinol Metab 2018.

Reuters Health Information © 2018

Cite this article: Fractures Tied to Increased Risk of Death for up to 10 Years - Medscape - Aug 09, 2018.

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