É mesmo verdade que chá faz bem para a saúde?
- Steven Rourke
- 10 de fev. de 2019
- 13 min de leitura

Introdução
O chá, que provavelmente foi preparado pela primeira vez como bebida na China por volta de 2700 a.C., [1] é uma das bebidas mais antigas e a segunda mais consumida no mundo (depois da água). [1] A Camellia sinensis é um arbusto perene com folhas verdes brilhantes, flores fortemente perfumadas e frutos com sementes marrom-esverdeadas, usadas para produzir chá. [2]Existem mais de 1.500 cultivares, derivados principalmente de duas variedades: C. sinensis var. assamica, uma planta da Índia, de caule único com folhas grandes, macias e de vida curta, [2] e C. sinensis var. sinensis, um arbusto chinês com múltiplos caules com folhas menores, e mais resistentes a baixas temperaturas. [2] Costuma crescer em climas quentes e úmidos, preferencialmente em solos ácidos, em colinas inclinadas em altitudes de até 2.000 metros. [1]
Depois de se tornar popular na Europa, o chá foi amplamente difundido pelas forças do colonialismo e grandes sistemas de monocultura latifundiária foram estabelecidos na Índia, no Sri Lanka, na África e na Indonésia. [2] Hoje, os maiores produtores de chá são a China (1,9 milhão de toneladas em 2013, ou 38% do total mundial), a Índia (1,2 milhões de toneladas), o Quênia (436.000 toneladas) e o Sri Lanka (343.100 toneladas). [1] Em todo o mundo, muitas culturas celebram o chá por suas contribuições para a coesão social, pelo seu sabor e por seus potenciais benefícios à saúde. E nós bebemos muito chá – 4,8 milhões de toneladas em todo o mundo em 2013; a China (1,6 milhão de toneladas), a Índia (1 milhão de toneladas) e a Turquia (228 mil toneladas) são líderes de consumo, [1] enquanto os Estados Unidos consumiram 127 mil toneladas. [1] Em 2017, a indústria do chá foi avaliada em cerca de 12,5 bilhões de dólares nos Estados Unidos. [3]
Qual é o seu chá preferido?
Seis tipos de chá vêm da planta C. sinensis: branco, verde, amarelo, preto, oolong e vermelho (pu'er).
Tipos de chá [4,5,6,7]
Branco
Os botões das folhas são colhidos antes de sua abertura, e são secos em baixas temperaturas. É o menos processado de todos os chás. Tem os sabores mais delicados, e é o tipo com a maior quantidade de antioxidantes.
Yin Zhen(agulha de prata)
Bai Mu Dan(peônia branca)
Bai Mei(sobrancelha branca)
Verde
É cozido no vapor ou aquecido imediatamente após a colheita, para impedir a oxidação e o escurecimento das folhas. Tem sabores mais intensos do que o chá branco e mais suaves que o chá preto; muitos sabores vegetais.
Sencha
Matcha
Longching (poço do dragão)
Amarelo
Uma variedade rara; as folhas são secas por mais tempo do que as do chá verde, e ficam amarelas. Tem sabor de erva. É feito em pequenas quantidades, por isso é caro e difícil de encontrar.
Meng Ding Huang Ya
Jun Shan Yin Zhen
Huo Shan Huang Ya
Preto
Oxidado por mais tempo para obter um sabor mais forte. O processamento das folhas diminui o conteúdo de flavonoides. As variedades aromatizadas são feitas com o acréscimo de sabores.
Darjeeling Assam
Lapsang Souchong
Earl Grey(bergamota)
Oolong
Parcialmente oxidado; um tipo intermediário entre o chá verde e o preto. A oxidação determina o sabor.
Baozhong
Dong Ding
Ali Shan
Vermelho
Um chá de gosto forte e telúrico, que é fermentado (ao contrário de outros chás) para maturação após a oxidação; premido em tijolos ou bolos e enterrado ou guardado durante muitos anos antes de ser consumido.
Tuo Cha
Ban-Zhang
Pu'erh de folha preta solta
Do industrial ao artesanal, a produção e o consumo do chá variam enormemente em escala e execução. De acordo com a International Specialty Tea Association, a qualidade do chá depende de vários fatores, como o cultivo e a condição do arbusto, o conhecimento da técnica de cultivo, se as folhas são quebradas quando colhidas, o estilo de colheita e a forma das folhas, a data da colheita, a qualidade e o tipo de processamento, a umidade e a oxidação. [8] Todos esses fatores – sem contar com a técnica de preparo do chá – irão influenciar o sabor e a qualidade da bebida e, muito possivelmente, suas propriedades terapêuticas.
Efeitos terapêuticos do chá
Os potenciais benefícios do consumo de chá para a saúde têm sido objeto de milhares de estudos, muitos dos quais examinaram o papel dos polifenóis (por exemplo, a epigalocatequina galato no chá verde e as teaflavinas e tearubiginas no chá preto). Os polifenóis (inclusive os flavonoides) são uma classe de fitoquímicos creditados pelas propriedades antioxidantes do chá (assim como do café, de certos vegetais, frutas e cereais), por seu sabor, cor e cheiro. Esses compostos fortemente antioxidantes podem reduzir a oxidação do colesterol da lipoproteína de baixa densidade (LDL), e diminuir o risco de doença cardíaca. Também podem ter efeitos anticarcinogênicos decorrentes da sua capacidade de mediar a oxidação do DNA, e por induzir as glicuronosiltransferases, ajudando, assim, a eliminar substâncias tóxicas e carcinogênicas. [9] Os polifenóis do chá também podem promover uma flora intestinal favorável e inibir o crescimento das espécies reativas ao oxigênio associadas às doenças relacionadas com a idade. [9]
Benefícios potenciais
Atualmente, as pesquisas mais promissoras sobre o consumo de chá estão relacionadas com os efeitos positivos dos flavonoides na doença arterial coronariana e no acidente vascular cerebral (AVC). [10] A ingestão de flavonoides e flavonas está associada a menor risco de morte por doença cardiovascular.
Grassi e colaboradores [11] avaliaram como os flavonoides encontrados no chá podem influenciar a dilatação arterial mediada pelo fluxo sanguíneo, e ajudar a combater a disfunção endotelial, fase inicial da patogênese da aterosclerose. Embora esses efeitos não sejam inteiramente compreendidos, as evidências atuais sugerem que o consumo moderado de chá pode aumentar a vasodilatação relacionada com o endotélio, o que explicaria alguns dos benefícios positivos do chá para o sistema cardiovascular.
Em animais de experimentação, o chá tem demonstrado ser um fator protetor contra o estresse oxidativo induzido por chumbo e cádmio, [12] o que reforça a hipótese de que o chá possa aumentar a capacidade oxidativa do corpo. Uma outra pesquisa [13] estudou os efeitos dos polifenóis do chá no estresse oxidativo, e se o ritmo circadiano poderia explicar seu efeito protetor. Os polifenóis do chá mostraram poder melhorar o desequilíbrio nas reações de oxidação e/ou redução e a disfunção mitocondrial nos hepatócitos. [13]
Ide e colaboradores [14] fizeram uma revisão de vários estudos bem conduzidos revelando os efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios das catequinas do chá no estresse oxidativo, considerado um componente crucial do mecanismo patológico da doença de Alzheimer.
Potenciais danos
Em um grande estudo de caso-controle populacional, Yang e colaboradores [15] concluíram que beber chá muito quente aumenta significativamente o risco de carcinoma de células escamosas no esôfago, em uma amostra de homens chineses de alto risco, especialmente entre os que também consumiam álcool. Em um editorial que fez referência a esta pesquisa, Cronin-Fenton [16] postulou que é plausível que o aumento do risco de câncer de esôfago seja atribuível à lesão térmica causada por beber chá muito quente, em vez de ao próprio chá, e aconselha aos que gostam de chá para deixarem o chá esfriar antes de beber. A International Agency for Research on Cancer classifica o consumo de bebidas quentes de qualquer tipo como "provavelmente cancerígeno". [17]
Exposição à cafeína do chá
Todos os tipos de chá derivados da planta C. sinensis contêm cafeína; no entanto, vários fatores (como o processamento das folhas, o tipo de chá, a técnica de preparo e o teor) influenciam na quantidade de cafeína no produto. As estimativas mais amplamente divulgadas revelam que a menor quantidade de cafeína (em 237 mL) é encontrada nos chás amarelo e branco (30 a 55 mg), seguido pelo verde (35 a 70 mg), oolong (50 a 75 mg) e preto (60 a 90 mg). Uma xícara de café do mesmo tamanho contém cerca de 100 mg de cafeína. Nenhum estudo recente teve como objeto os danos da exposição à cafeína do chá; as preocupações atuais com a segurança da cafeína estão ligadas principalmente à dose da cafeína, independentemente da origem. [18]
Chá verde
Os compostos ativos no chá verde são os polifenóis conhecidos como catequinas. O polifenol mais abundante no chá verde é o galato de epigalocatequina, que pode inibir a ação da molécula de espécies reativas ao oxigênio, prevenindo assim os danos oxidativos.
Doença cardíaca
O consumo de chá verde em quantidades variadas foi significativamente associado a menor risco de doença cardiovascular, infarto do miocárdio (IAM), AVC, hemorragia intracerebral, infarto cerebral e altos níveis de lipoproteína de baixa densidade do colesterol (LDL, do inglês Low-Density Lipoprotein). Uma possível explicação para este efeito preventivo envolve as propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias do chá verde. Xiang e colaboradores [19]mostraram, em um estudo retrospectivo, que beber pequenas quantidades de chá verde com frequência está associado à redução do risco de doença coronariana para as mulheres – mas não para os homens.
Neurodegeneração e câncer
Roy e Bhat [20] descobriram que os polifenóis do chá verde suprimem, desagregam e modulam a fibrilação da sinucleína γ, que tem um papel potencialmente importante na doença de Parkinson. Esta pesquisa demonstrou os possíveis efeitos benéficos do chá verde contra a neurodegeneração. Além disso, mostrou que os oligômeros gerados pela epigalocatequina galato podem reduzir a viabilidade das células do neuroblastoma, mas protegem as células do câncer de mama da toxicidade da sinucleína γ.
Schröder e colaboradores [21] descobriram que o galato de epigalocatequina e a quercetina (tanto as extraídas como as encontradas naturalmente no chá verde) têm efeitos anticancerígenos nas células de câncer de mama com e sem receptor de estrogênio.
Yang e colaboradores [22] relataram que os polissacarídeos do chá verde diminuíram o microRNA-93 – potencial alvo terapêutico no câncer de próstata– e inibiram o crescimento de células do câncer de próstata.
Doença renal
Wang e colaboradores [23] estudaram os efeitos antioxidantes dos polifenóis do chá verde na prevenção da hiperuricemia, que leva à doença arterial pré-glomerular e à doença renal crônica. Os pesquisadores descobriram que os polifenóis do chá verde protegem contra a progressão da doença renal crônica ativando a via Jagged1/Notch1-STAT3.
Ainda não se sabe se o consumo de chá verde tem algum efeito real sobre o risco de cálculos renais.
Estudando coortes prospectivas compostas de 58.054 homens e 69.166 mulheres, Shu e colaboradores [24] descobriram que beber chá verde está associado a menor risco de incidência de nefrolitíase referida pelos próprios pacientes, efeito que foi mais forte entre os homens.
Por outro lado, Wu e colaboradores [25] descobriram que o consumo de chá é fator de risco de cálculos renais, embora os participantes do estudo tenham bebido uma combinação de chás verdes, pretos e aromatizados.Altos níveis de oxalato de cálcio na urina estão associados a maior risco de formação de litíase renal. O chá verde contém níveis muito mais baixos de oxalato e maior concentração de galato de epigalocatequina, que impede a formação de cálculos renais. (O chá preto contém altos níveis de oxalato e foi demonstrada a sua capacidade de aumentar as concentrações urinárias de oxalato quando consumido regularmente, levando às recomendações de retirar o chá preto das dietas das pessoas com propensão aos cálculos renais.) [26]
Outros potenciais benefícios do chá verde
Prevenção da doença periodontal. O chá verde promove a saúde periodontal reduzindo a inflamação, prevenindo a reabsorção óssea e inibindo o crescimento de bactérias associadas a doenças periodontais. [27] Gartenmann e colaboradores [28] descobriram que a aplicação local da catequina do chá verde, como adjuvante à raspagem e ao alisamento radicular, resulta na redução benéfica da profundidade da bolsa periodontal, apesar dos dados obtidos terem sido bastante heterogêneos. Além de seus benefícios sistêmicos, a descoberta dos benefícios tópicos do chá verde levou à comercialização da pasta de dentes com chá verde.
Redução do estresse. A L-teanina – um aminoácido no matcha – tem efeitos na redução do estresse. O matcha também contém bastante cafeína, que antagoniza os efeitos da L-teanina. Portanto, as concentrações relativas desses e de outros componentes (galato de epigalocatequina e arginina) determinam a eficácia do matcha na redução do estresse [29].
Chá preto
Efeitos metabólicos
Um ensaio de eficácia biológica conduzido por Imran e colaboradores [30]mostrou redução do LDL e dos triglicerídeos, e aumento significativo da lipoproteína de alta densidade do colesterol em ratos que receberam polifenóis do chá preto (teaflavinas e tearubiginas). O estudo mostrou o potencial dos polifenóis do chá preto para o tratamento da hipercolesterolemia e da hiperglicemia, ou seja, para o tratamento do diabetes.Acredita-se que níveis elevados de homocisteína estejam associados às doenças cardiovascular e cerebrovascular. [31] Zhu e colaboradores [32]encontraram uma correlação significativa entre beber chá preto e a hiper-homocisteinemia em pacientes com hipertensão. Este efeito não foi encontrado em pessoas que consumiram chá verde ou oolong.
Câncer de ovário
O polifenol do chá preto (3,3-digalato de teaflavina ou TF3) usado junto com a cisplatina mostrou sinergia do efeito citotóxico nas células de câncer de ovárioresistentes à cisplatina, indicando que o TF3 pode ter potencial como adjuvante no tratamento do câncer de ovário[33].
Transtornos neurodegenerativos e saúde vascular
Os metabólitos microbianos isolados (L-teanina, CDT-1 e CDT-2) extraídos do chá preto ajudaram a diminuir os transtornos neurodegenerativos relacionados com a idade em camundongos. [34]O antigo debate sobre o leite e o chá não é apenas sobre qual deles vai primeiro à xícara. Mais de uma década atrás, um pequeno estudo sugeriu que o acréscimo de leite ao chá preto anula os benefícios vasculares do chá, provavelmente por alguma reação com as catequinas do chá. [35] Em um pequeno estudo recente, Ahmad e colaboradores [36] também descobriram que o acréscimo de leite ao chá preto altera o efeito favorável do consumo de chá na função vascular e na pressão sanguínea – por razões ainda desconhecidas.
Chá oolong
Em um estudo recente, [37] seis linhagens de células de câncer de mama foram tratadas com diferentes concentrações de extratos de chá oolong, verde, preto e escuro. Os pesquisadores estudaram o efeito desses extratos de chá na viabilidade celular, morfologia celular, danos e clivagem do DNA, entre outros fatores. Assim como o chá verde, o extrato de chá oolong induziu danos e clivagem do DNA; desempenhou um papel inibitório no crescimento, proliferação e carcinogênese de células de câncer de mama; e demonstrou potencial como agente quimiopreventivo contra o câncer de mama.Nada conclusivo até o momento.
As evidências atuais indicam os potenciais benefícios do consumo de chá – alguns dos quais parecem estar associados às suas propriedades antioxidantes, enquanto outros podem simplesmente coincidir com um estilo de vida saudável. De qualquer forma, a qualidade dos dados e a diversidade dos tipos de estudos dificultam chegar a alguma conclusão. Quais chás trazem maiores benefícios (ou riscos) para a saúde e por quê? Ainda não há resposta. Os pesquisadores ainda precisam responder muitas perguntas sobre o chá e seu papel na saúde, como por exemplo: os métodos ideais de preparo; o acréscimo de substâncias; a frequência, a quantidade e a duração do consumo; e se os benefícios de uma folha de chá diminuem à medida que ela envelhece. Além disso, uma proporção significativa dos estudos foi realizada em populações asiáticas, entre as quais o consumo de chá é comum. As novas pesquisas devem englobar populações com maior diversidade.
Referências
Food and Agriculture Organization of the United Nations. World tea production and trade. 2015. Fonte Acesso em: 15 de novembro de 2018.
United Nations Conference on Trade and Development. Tea: an ONFOCOMM commodity profile. 2016. Fonte Acesso em: 15 de novembro de 2018.
Tea Association of the USA, Inc. State of the industry. Fonte Acesso em: 15 de novembro de 2018.
Harney M. The Harney & Sons Guide to Tea. London: Penguin Books Ltd; 2008.
Tea and Herbal Association of Canada. Fonte Acesso em: 15 de novembro de 2018.
Flavonoids: the secret to health benefits of drinking black and green tea? Harvard Health Letter. May 21, 2018. Fonte Acesso em: 15 de novembro de 2018.
Lovell H. Guide to tea types. Fonte Acesso em: 15 de novembro de 2018.
International Specialty Tea Association. Standards for specialty tea. December 15, 2015. FonteAcesso em: 15 de novembro de 2018.
Weisburger JH. Prevention of coronary heart disease and cancer by tea, a review. Environ Health Prev Med. 2003;7:283-238. Resumo
Dwyer JT, Peterson J. Tea and flavonoids: where we are, where to go next. Am J Clin Nutr. 2013;98(6 Suppl):1611S-1618S.
Grassi D, Desideri G, Di Giosia P, et al. Tea, flavonoids, and cardiovascular health: endothelial protection. Am J Clin Nutr. 2013;98(6 Suppl):1660S-1666S.
Winiarska-Mieczan A. Protective effect of tea against lead and cadmium-induced oxidative stress—a review. Biometals. 2018;31:909-926.
Qi G, Wu W, Mi Y, et al. Tea polyphenols direct Bmal1-driven ameliorating of the redox imbalance and mitochondrial dysfunction in hepatocytes. Food Chem Toxicol. 2018;122:181-193.
Ide K, Matsuoka N, Yamada H, Furushima D, Kawakami K. Effects of tea catechins on Alzheimer's disease: recent updates and perspectives. Molecules. 2018;23.
Yang X, Ni Y, Yuan Z, et al. Very hot tea drinking increases esophageal squamous cell carcinoma risk in a high-risk area of China: a population-based case-control study. Clin Epidemiol. 2018;10:1307-1320.
Cronin-Fenton D. A burning question: does hot green tea drinking increase the risk of esophageal squamous cell carcinoma? Clin Epidemiol. 2018;10:1321-1323.
Loomis D, Guyton KZ, Grosse Y, et al; International Agency for Research on Cancer Monograph Working Group. Carcinogenicity of drinking coffee, mate, and very hot beverages. Lancet Oncol. 2016;17:877-878. Abstract
Temple JL. Review: trends, safety, and recommendations for caffeine use in children and adolescents. J Am Acad Child Adolesc Psychiatry. 2019;58:36-45.
Xiang Q, Pang J, Chen Y, Hong D, Zhang Z, Zhou S. Association of green tea consumption and coronary arterial disease risk in a Chinese population in Guangzhou. J Altern Complement Med. 2018 Nov 15. [Epub ahead of print]
Roy S, Bhat R. Suppression, disaggregation, and modulation of γ-Synuclein fibrillation pathway by green tea polyphenol EGCG. Protein Sci. 2018 Nov 5. [Epub ahead of print]
Schröder L, Marahrens P, Koch JG, et al. Effects of green tea, matcha tea and their components epigallocatechin gallate and quercetin on MCF7 and MDA-MB-231 breast carcinoma cells. Oncol Rep. 2019;41:387-396.
Yang K, Gao ZY, Li TQ, et al. Anti-tumor activity and the mechanism of a green tea (Camellia sinensis) polysaccharide on prostate cancer. Int J Biol Macromol. 2018;122:95-103.
Wang W, Tan H, Liu H, et al. Green tea polyphenols protect against preglomerular arteriopathy via the jagged1/notch1 pathway. Am J Transl Res. 2018;10:3276-3290.
Shu X, Cai H, Xiang YB, et al. Green tea intake and risk of incident kidney stones: prospective cohort studies in middle-aged and elderly Chinese individuals. Int J Urol. 2018 Nov 8. [Epub ahead of print]
Wu ZB, Jiang T, Lin GB, et al. Tea consumption is associated with increased risk of kidney stones in Northern Chinese: a cross-sectional study. Biomed Environ Sci. 2017;30:922-926. Abstract
Brzezicha-Cirocka J, Grembecka M, Szefer P. Oxalate, magnesium and calcium content in selected kinds of tea: impact on human health. Eur Food Res Technol. 2016;242:383.
Chatterjee A, Saluja M, Agarwal G, Alam M. Green tea: a boon for periodontal and general health. J Indian Soc Periodontol. 2012;16:161-167. Abstract
Gartenmann SJ, Weydlich YV, Steppacher SL, Heumann C, Attin T, Schmidlin PR. The effect of green tea as an adjunct to scaling and root planning in non-surgical periodontitis therapy: a systematic review. Clin Oral Investig. 2018 Oct 31. [Epub ahead of print].
Unno K, Furushima D, Hamamoto S, et al. Stress-reducing function of matcha green tea in animal experiments and clinical trials. Nutrients. 2018;10.
Imran A, Butt MS, Arshad MS, et al. Exploring the potential of black tea based flavonoids against hyperlipidemia related disorders. Lipids Health Dis. 2018;17:57.
Maron BA, Loscalzo J. The treatment of hyperhomocysteinemia. Annu Rev Med. 2009;60:39-54. Abstract
Zhu J, Wang W, Xiong Y, et al. The association between tea consumption and hyperhomocysteine in Chinese hypertensive patients. Am J Hypertens. 2018 Oct 31. [Epub ahead of print]
Pan H, Li J, Rankin GO, Rojanasakul Y, Tu Y, Chen YC. Synergistic effect of black tea polyphenol, theaflavin-3,3'-digallate with cisplatin against cisplatin resistant human ovarian cancer cells. J Funct Foods. 2018;46:1-11.
Cai S, Yang H, Wen B, et al. Inhibition by microbial metabolites of Chinese dark tea of age-related neurodegenerative disorders in senescence-accelerated mouse prone 8 (SAMP8) mice. Food Funct. 2018;9:5455-5462. Abstract
Lorenz M, Jochmann N, von Krosigk A, et al. Addition of milk prevents vascular protective effects of tea. Eur Heart J. 2007;28:219-223. Abstract
Ahmad AF, Rich L, Koch H, et al. Effect of adding milk to black tea on vascular function in healthy men and women: a randomised controlled crossover trial. Food Funct. 2018;9:6307-6314.
Shi H, Liu J, Tu Y, Freter CE, Huang C. Oolong tea extract induces DNA damage and cleavage and inhibits breast cancer cell growth and tumorigenesis. Anticancer Res. 2018;38:6217-6223.
Citar este artigo: É mesmo verdade que chá faz bem para a saúde? - Medscape - 5 de fevereiro de 2019.
Comments